Quantas histórias ouviram, quantas lágrimas secaram os lenços da
caixinha do terapeuta?
Quantas vezes aquele lenço foi dobrado diversas vezes por ansiedade?
Quantas vezes ele foi amassado com tanta dedicação e
agressividade a ponto de reduzi-lo a uma insignificante bolinha.
Quantas vezes ele se desfez no rosto úmido das emoções
desesperadas e da dor transbordante?
Quantas vezes ele secou carência, falta de amor, decepções,
dor no corpo, o nascer, o morrer e o renascer?
Quantas vezes levamos na bolsa ou no bolso o lenço da
terapia e quando o reencontramos ele e nos relembra todos os conteúdos
trabalhados em sessão.
Todos eles ficam ali, dentro da caixinha, em cima da mesa,
mostrando-se a disposição para quando necessitarmos.
Ele escuta calado, mas quando age é acolhedor.
Ah, o lenço do terapeuta...é uma permissão para sermos
frágeis e é um abraço quando mais precisamos.
Ele diz, docemente: pode chorar, estou aqui!
Acolho sua dor, desde que você a
acolha primeiro!
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