terça-feira, 8 de junho de 2010

A COMUNICAÇÃO INTERNA NA EMPRESA E SUAS BARREIRAS


A comunicão faz do homem um ser social, pois é a partir dela que há a interação, assim como o compartilhamento de uma informação tornando a comum a todos em um grupo. Na organização, a comunicação ocupa um lugar de destaque pois é responsável pela construção das relações de trabalho, definindo a qualidade ou não das interações entre clientes, colaboradores e comunidade.


No que concerne a comunicação interna da organização, percebe-se que desde a admissão do colaborador, a empresa já está comunicando a ele sua cultura e valores e depois de inserido este vínculo deve se fortalecer, pois a complexidade do ambiente e as pressões que surgem no mercado criam a necessidade de uma organização cujos membros estejam altamente conectados, uma organização que esteja de fato criando seu futuro através do compartilhamento de comunicação e expansão do conhecimento É de senso comum, porém, que a comunicação é um dos grandes desafios a serem superados pelas empresas.(ZANLUCHI,2004)


Por ser a ponte de ligação entre os indivíduos, a comunicação humana sempre estára sujeita a complicações, pois além de cada pessoa ter seu próprio sistema cognitivo, percepções tem uma formação de personalidade singular que interfere diretamete na interpretação das coisas. Por isso, torna-se frequente tarefas executadas incorretamente devido à falhas de comunicação. Uma ordem ou comentário mal interpretado pode acarretar desavenças que geram queda na produtividade, perda de motivação entre os funcionários e algumas vezes até a perda de bons profissionais (PROCHNOW,2005).


Mas quais são as causas destas falhas de comunicacão e por que é tão difícil implementar uma comunicação interna efetivamente eficaz, se sabemos que manter uma comunicação interna aberta e participativa pode evitar rumores, ansiedades e erros e, principalmente, melhorar o desempenho organizacional? A resposta a essa questão pode não ser tão simples. Uma coisa é o desejo, o ideal de vida organizacional; outra, a prática, o dia-a-dia da comunicação empresarial em um determinado contexto social, político, cultural, econômico,etc. E, nesse sentido, faz-se necessário um olhar mais acurado não só ao ambiente organizacional interno. (CABRAL,2004)


Um mal que assombra muito a comunicação hoje é a sobrecarga. Levando em consideração o contexto social atual, pode-se perceber que a quantidade de informação que o individuo tem acesso é muito grande e ultrapassa a capacidade pessoal de processar, perdendo ou distorcendo o conteúdo. Portanto, dentre os três tipos de barreiras elencados por Chiavenatto (2009) a saber: pessoais físicas e semanticas, pode-se presumir que as interferencias que decorrem das limitações pessoais são mais comuns nos conflitos de comunicação. Desse modo, os problemas na comunicação interna são reflexo de um sintoma social, onde impera a rapidez,a ansiedade e, muitas vezes, a impulsividade devido a alta exigência.


Valorizar e qualificar a comunicação interna deve ser entendida como uma estratégia básica para empresas que visam eficiência no seu produto final, pois torna os colaboradores parceiros e propagandistas. Mas para que isto aconteça é necessário que todos se comprometam e se responsabilizem em se comunicar claramente, identificando o canal de comunicação adequado e não deixando os imperativos sociais tomar conta da mentalidade da organização
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REFERÊNCIAS
CABRAL, Valéria. Um ensaio sobre a comunicação interna pós-industrial em sua dicotomia discurso e prática. Revista organicom ANO 1 • NÚMERO 1 • AGOSTO DE 2004 •
CHIAVENATTO, Idalberto. Recursos Humanos: O capital humano das organizações. 9 ed. Rio de Janeiro :Elsevier, 2009.
PROCHNOW, Franci D. Et al.Motivos Causadores de Falhas de Comunicação dentro da Empresas. XII SIMPEP - Bauru, SP, Brasil, 7 a 9 de Novembro de 2005]
ZANLUCHI,Eliane. COPETTI, Carmen L.Comunicação Organizacional Interna: Desenvolvimento e Conseqüências no Contexto. Disponível em:
http://galaxy.intercom.org.br:8180/dspace/bitstream/1904/17576/1/R1445-1.pdf Acesso em: 26 abril 2010

Um comentário:

  1. Gostei de seu artigo.... bem direto.
    Usei a charge na minha monografia e te coloquei nas referências, ok?

    Wellington

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