sábado, 19 de novembro de 2011

A dificuldade de ‘curtir’ e 'não curtir' !













Em tempos de internet o verbo curtir ou ‘like’ (gostar em inglês) se tornaram mais utilizados. Curtimos (estou incluída nisso) pessoas, textos, fotos, charges, reportagens e também um monte de besteiras. Mas hoje quero falar sobre a dificuldade que a maioria das pessoas tem de curtir a si mesmo, o momento presente, o que se apresenta, o aqui agora.


Curte-se mais a grama (mais verde) do vizinho do que a sua. O sujeito moderno apresenta a tendência de estar mais focado no que a massa esta fazendo do que no que realmente quer fazer, por isso, quando curte algo , inclusive no face, deve-se pensar se está curtindo por que acredita ou está curtindo o que a massa curte. Deve haver coisas que não se curte, não se pode curtir tudo. Bem que podia ter um ícone “não curti”, pois quem cala (não clica), consente, não acham?


A dificuldade real que se apresenta é de identificar o que gosta ou que não gosta. O que você gosta de fazer? Em que momentos encontra bem estar? Com quem gosta de conviver? Em que lugares e com quais pessoas encontra sensações de felicidade? E o inverso: Que lugares você na gosta de freqüentar, que pessoas você não tolera? Onde você não se sente bem? O que você não gosta? Por que você não gosta? As respostas para essas perguntas irão definir a identidade e a personalidade do sujeito. Só que não tão fácil assim quanto parecer. Para se ter a clareza do gostar e não gostar é necessário um mergulho profundo no EU. É preciso focar a atenção em si mesmo e se diferenciar (des – misturar) do todo! É o tal do AUTOCONHECIMENTO.


Uma maneira de começar é ter um olhar critico a respeito de si mesmo e das suas ‘curtições’ e preferências. Fazer uma lista do que gosta e que não gosta, prazeres e desprazeres, facilidades e dificuldades também ajuda. Mas não tão fácil quanto parece. Entra-se em muitas contradições. Mas o ser humano é mesmo assim, cheio delas!


Vamos fazer a “listinha”?

GOSTO---------------------------------------------------NÃO GOSTO

O que gosto em mim?-------------------------------------O que não gosto em mim?
O que gosto de fazer?-------------------------------------O que não gosto de fazer?
De quem eu gosto? ---------------------------------------De quem eu não gosto?

domingo, 18 de setembro de 2011

EMPATIA: HUMANIZAR O ATENDIMENTO



Todo êxito de uma empresa está implícito em uma única ação: a efetivação da venda. A evolução empresarial está intimamente associada às relações que a empresa estabelece com as pessoas. Um estudo do PROCON mostrou que, dentre das porcentagens mais salientes, 14% dos clientes deixam de comprar nas empresas pela qualidade dos produtos e serviços e 68% devido à indiferença e ao mau atendimento. Estas estatísticas somadas ao crescente número de reclamações junto aos órgãos de defesa do consumidor geram vários questionamentos, dentre eles: “O que está acontecendo com a relação empresa-vendedor-cliente?”




O ato de vender é uma relação, ou seja, um relacionamento entre empresa e consumidor. Essa relação sempre consistiu num longo processo onde a empatia (do grego ‘empatheia’: tendência para sentir o mesmo que a outra pessoa), a compreensão, a comunicação e a criatividade são fundamentais. Em meio a tantas transformações no cenário econômico mundial, vender hoje desafia o vendedor a desvendar a personalidade de cada cliente. E encontrar um padrão de comportamento adequado diante do cliente não está reduzido a dizer “boa tarde”, sorrir e repetir frases mecanizadas. Atender é muito mais que isso. Quem atende precisa antes de tudo “GOSTAR DE GENTE”.




Mas, o que se vê hoje é um ciclo vicioso de vendas frustradas, perda excessiva de clientes e demissões. No quesito financeiro, o que se perde pelo mau atendimento representa um percentual muito significativo para as empresas. Pois, quando se perde um cliente, além de ele não voltar mais, ele ‘contamina’ sua rede de relacionamentos. Assim, torna-se mais custoso perder um cliente do que manter a qualidade do atendimento com uma boa seleção, motivação e treinamento. Quando se investe em qualidade no atendimento se conquista, mantém e fideliza clientes. No entanto, é de suma importância que empresa esteja disposta a mudar o que não está dando certo e inovar o que já está ultrapassado. Dessa maneira, os investimentos na área de RECURSOS HUMANOS devem ser encarados seriamente e o modelo de treinamento e cultura de atendimento deve contemplar antes de tudo a HUMANIZAÇÃO da equipe.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Segundo pesquisa norte-americana: Facebook pode tornar adolescentes mais vulneraveis a ansiedade.

Leia pesquisa que complementa meu último artigo escrito, publicada no site da uol dia 8 de agosto de 2011.

http://idgnow.uol.com.br/internet/2011/08/08/facebook-pode-tornar-adolescentes-mais-vulneraveis-a-ansiedade-e-depressao/

domingo, 7 de agosto de 2011

Relações sem fronteiras



Sou uma pessoa muito observadora. Muitos dizem que essa é uma habilidade desenvolvida pelos psicólogos. Concordo. Mas lembro de ser assim desde pequena. Hoje, observo muito e talvez mais ainda, pois a observação é uma das minhas ferramentas de trabalho. Adoro sentar num banco de praça, de rodoviária e observar as pessoas, as relações, às reações, as chegadas e partidas. E por ser assim, percebo muitas mudanças extremas nos comportamentos que me causam questionamentos a cerca das relações humanas.
Não é novidade nenhuma que as relações modernas se ‘virtualizaram’ e com isso derrubamos fronteiras. Fato positivo e evolutivo, por um lado. Pode-se se dizer que o que movimenta as relações e as trocas é a internet. Mas, por outro lado esse fenômeno pode representar da psique humana Na experiência clima me deparo com inúmeros casos de dependência química do computador. Sim, surge uma nova patologia. Atenção: os avanços tecnológicos podem nos deixar doentes.
Observando as redes sociais (facebook, Orkut, msn, dentre outras) percebo que a necessidade que as pessoas estão tendo de ‘se mostrar’ está cada vez aumentando mais. Não é a toa que muitos estudiosos nomearam nossa sociedade moderna como do ‘espetáculo’. A alta exibição de si mesmo diz respeito a uma mentalidade padronizada de que você só será alguém reconhecido se aparecer, se fizer espetáculo, se deixar uma frase de impacto, se fizer um comentário pertinente e se postar uma foto numa festa badalada. Pois a fulaninha só será ‘ALGUÉM’ se for ‘naquela’ festa com ‘aquela’ roupa. E não bastasse tudo isso, as fotos e comentários são publicados em ‘jornal virtual’, expondo mais do que sua vida social. Nesse sentido, a intimidade vai perdendo suas fronteiras, seus limites de proteção. As fronteiras se derretem e se fundem. A minha vida passa a ser a sua, pois se vou a Londres você sabe, assim como você saberá se comi pipoca num dia quente. De onde vem essa necessidade de tornar público o que é intimo? Por que as pessoas não resguardam e protegem suas coisas? E...o que se ganha com tanta exposição?
Privacidade é poder escolher. É escolher e selecionar quem terá acesso a seu EU mais íntimo. Ser livre é ter escolha. E o que se vê hoje é que o excesso de exposição está “prendendo” e mantendo reféns os indivíduos numa redoma de alienação, superficialidade e ignorância. Na sede de mostrar para o outro o meu valor, passo por cima das minhas verdades intimas do meu real humor, mascaro sentimentos para que eu seja aceito. Por que as pessoas estão tão dependentes do olhar do outro?
Ter segredos é saudável, assim como resguardar sua intimidade e manter a privacidade. Pense nisso!
Como as pessoas estão sempre em constantes transformações associadas ao social, ainda existem inúmeros questionamentos que não se esgotaram por aqui. No próximo artigo pretendo dar seqüência a essas divagações
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quinta-feira, 23 de junho de 2011

CRIANÇAS AGRESSIVAS



A agressividade é caracterizada como uma emoção com peso negativo para todos nós. Desde pequenos, aprendemos a guardá-la e esconde-la, para sermos aceitos pelo mundo. Pois é fato que as pessoas se afastam de quem é agressivo, por medo ou intolerância.
A realidade é que todos nós, seres humanos mortais e imperfeitos, carregamos em nossa bagagem emocional o bem e o mal. Para que nossa vida psíquica esteja saudável temos que equilibrar essas bagagens internas. Portanto, não devemos ver a agressividade somente como negativa, pois, por ser um instinto, muitas vezes ela se faz necessária.
Nas crianças, esse descontrole emocional pode ter inúmeras causas. Freqüentemente os sinais de hostilidade são interpretados pelos pais como algo absurdo e descabido. Nesses momentos, é preciso ter tato e sabedoria para compreender o que as crianças estão querendo ‘FALAR’ com a agressividade, pois ela pode estar mascarando outras emoções.
É um funcionamento comum a infância o que os psicólogos nomeiam ‘a passagem ao ato’, ou seja, aquilo que a criança não consegue simbolizar com a linguagem vai fazer tornar real pelo ato ou ação. Conforme estudos, é na idade pré-escolar onde a agressividade fica mais forte. Período onde as emoções apresentam-se ainda não organizadas, não ‘digeridas’ e compreendidas.
Por isso, comportamentos agressivos podem ser considerados normais na infância. Mas, se os episódios agressivos se tornarem freqüentes deve-se investigar se não se trata de uma forma da criança chamar atenção sem a devida compreensão e acolhida dos pais. Nessas situações torna-se fundamental questionar a criança sobre seus sentimentos: O que você está sentindo? Por que está fazendo isso? Por que está assim? Quer conversar? Ouça o que eu ela tem a dizer mesmo que você não entenda suas razões. Apesar de ser bastante difícil, é de suma importância que adulto mantenha a calma frente aos descontroles emocionais, pois aqui vale aquela máxima: violência gera violência. Inclusive, o ambiente é um dos fatores desencadeantes da agressividade negativa. Um ambiente muito agitado, estressante, desorganizado, muito exigente pode a vir desestruturar o emocional infantil.
Os limites devem ser constantes e coerentes. Os pais devem entrar num consenso de regras, pois a criança consegue identificar as contradições, a desorganização e a ineficácia da sistemática adotada. Isso é um ‘prato cheio’ para que ela continue a se rebelar contra leis vulneráveis e que mudam a todo o momento.
Ensinar a controlar a agressividade incentivando a criança falar sobre suas frustrações, mágoas, raiva, medo e tristezas é um grande desafio para pais e educadores. É preciso evidenciar a importância da disciplina, mas isso só irá acontecer se a criança confiar no olhar e nas ações dos seus responsáveis. Sempre que a criança conseguir controlar seu instinto agressivo é importante reconhecer e até elogiar, pois não é novidade que um elogio é suficiente para promover e manter bons comportamentos.

quarta-feira, 2 de março de 2011

COMO VOCÊ ESCOLHE SEU PARCEIRO?


NO MÊS DEDICADO AS MULHERES NADA MELHOR DO QUE REFLETIRMOS SOBRE NOSSAS ESCOLHAS COM O INTELIGENTE ARTIGO DO PSIQUIATRA FLÁVIO GIKOVATE (Junho-2000)





Tenho acompanhado a vida de muitos pacientes e posso afirmar que a causa mais freqüente de separação está relacionada à escolha do parceiro. Existem várias exceções, mas grande parte das pessoas se precipita, tomando uma decisão tão importante depois de poucas semanas de convívio.
Há poucas décadas, uma mulher que chegasse aos 25 anos e ainda não estivesse seriamente comprometida começava a se sentir “encalhada”. Muitas se casaram de forma estabanada com o primeiro que lhes pareceu razoável. Umas tantas resistiam e, mesmo temendo a solidão, continuavam a manter um elevado padrão de exigência sobre as qualidades que esperavam dos parceiros.
Hoje vemos apenas uma forma atenuada do que acabei de descrever. Porém, ainda é verdade que as mulheres se assustam um pouco quando demoram a encontrar um namorado fixo, e que suas famílias se afligem com isso. Todos começam a se preocupar com a idade que ela terá ao engravidar, com o fato de “todas as amigas já estarem casadas”, com a hipótese de que algo esteja errado com ela. E esse "algo errado" para a família pode ser, por exemplo, sua mania de exigir demais, de esperar pelo príncipe encantado, que claro, não existe.
Essa idéia contém o germe do desespero do passado. Não posso deixar de ver nela uma espécie de insinuação para que a moça reduza suas expectativas, como se estivesse em liquidação e fosse uma mercadoria que tem de sair por qualquer preço.
Nunca deveríamos nos ligar a alguém motivados apenas pelo medo. Aliás, em vez de esperar menos, o ideal seria aprender a viver bem, mesmo sozinhos. As pessoas idealizam um modelo de parceiro e, pela minha experiência, posso afirmar que, em geral, esse modelo não é nada absurdo. São poucos os que efetivamente esperam demais do outro.
Mulheres que passam um tempo solteiras podem dar seqüência a seus projetos profissionais e ter uma vida mais rica e variada do que as que se casam precocemente. Se não há tanta pressa e nem nos sentimos tão sensíveis às pressões do meio, talvez possamos obter uma idéia mais clara de quem somos, do que efetivamente gostamos e do que pretendemos em todos os sentidos da vida.
Pessoas mais competentes para ficar consigo mesmas tendem a eleger melhor e mais tardiamente seus pares. Isso, na prática, só tem trazido benefícios, gerando um crescente número de casamentos bem-sucedidos. As escolhas mais tardias costumam se dar por afinidade, enquanto as precoces nos levam, por força da usual falta de auto-estima juvenil, ao encantamento pelas pessoas opostas a nós. As afinidades são o pré-requisito para as boas relações. Existe uma fase intermediária, na qual homens e mulheres já não se interessam por seus opostos e ainda não estão prontos para seus afins. Nesse período, não acham graça em ninguém e são, de fato, muito exigentes. Trata-se de uma transição evolutiva. É só esperar que os bons parceiros aparecerão.


FONTE: http://www.flaviogikovate.com.br/artigos/texto/como_voce_escolhe_seu_parceiro.htm

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Por que ficar triste não é normal?


Perdemos todo dia um pouco de alguma coisa, de alguém e de nós mesmos. Frente à perda, a tristeza, a melancolia e o choro poderiam se tornar uma resposta/ reação normal. Mas o que vimos são pessoas tentando nomear sua tristeza cientificamente e a medicando o mais rápido possível. Tudo isso nos leva a questionar: Por que hoje a tristeza é vista como anormalidade do ser humano? Por que as pessoas já não mais se permitem ficar tristes e viver o luto no espaço de tempo necessário para curar e cicatrizar a ferida da alma? Por que fugimos da dor?


Somos um todo, construído por opostos: bem e mal, dor e prazer, negativo e positivo. Portanto, fugir da dor é fugir de si mesmo. Vivemos num mundo onde cada vez mais os métodos são indolores. O mundo exige força, segurança, perfeição, sorriso, aparência, ou seja, a tristeza e seus derivados não são permitidos e se acontecem, são mascarados. Hoje, a aparente felicidade conta mais (e vale mais) do que o real e verdadeiro sentimento interior. Mas é bom lembrar que a tristeza não é sinônimo de fraqueza ou ruína, mas de sensibilidade saudável e normal .


Ficamos tristes por que nos decepcionamos com os outros e com nós mesmos, por que fracassamos, não somos reconhecidos, valorizados, amados, por que perdemos, erramos, nos iludimos, estamos insatisfeitos com alguma situação ou alguém. Mas a tristeza não deve ser eterna, pois torna-se vitimismo, ou seja carência e necessidade de ser visto. A tristeza pode ser um ‘estado da arte’ onde podemos criar estratégias para sair dela, depois de entendê-la (claro).


Quando estiver triste, analise e observe sua tristeza, pense nas possíveis razões para que ela se faça presente. Ela pode ser indicio de mudança, transformação e renovação. A tristeza pede para ser transformada em algo. Ficar triste não deixa de ser um pedido de transformação de nossa alma. No que pode ser transformada sua tristeza? Em aprendizado, em saudade, esperança? Por que esta triste? Faça sua lista de motivos! Tem medo de ficar triste? A tristeza dos outros te incomoda? Permita-se estes questionamentos e outros que virão a tona !

Carl Jung, psiquiatra suíço e fundador da psicologia analítica, também conhecida como psicologia junguiana, sempre dizia: Nós não podemos mudar nada sem que primeiro a aceitemos! Portanto, permita-se ficar triste, aceite esse momento e analise profundamente suas causas, só assim poderá sair inteiro, fortalecido e transformado deste processo!

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

QUEM NÃO QUER SER AMADO? Uma reflexão sobre as escolhas amorosas.


Diante da escuta na experiência clinica vejo que uma das grandes questões trazida como queixa por vários pacientes é o amor, ou seja, a escolha amorosa e seus derivados. Ficar as voltas na procura pelo amor, ou melhor, por ser amado pode ser considerado um processo sem um fim absoluto, pois o ser humano tem a extrema necessidade de ser aceito constantemente. Apesar de inúmeras pesquisas feitas não há ainda um definição consensual do que é o amor. Acredito que nunca haverá, pois cada ser tem sua definição.


A escolha do ser amado tem grande associação a nossa história de vida. Alguns procuram no amado, um pai, uma tampa para sua grande falta, um irmão, um amigo, uma máquina de elogios, uma conta corrente, etc e devido a essas necessidades, muitas vezes nos boicotamos. Quando vislumbramos somente alimentar a carência afetiva, deixamos de analisar outros aspectos importantes na relação. O amor é uma troca respeitosa, o amor é crescimento, afeto compartilhado e correspondido, o amor é positivo e propicia aprendizados e evolução do casal.


Alguns indivíduos escolhem seu amor com bastante racionalidade, ou seja, definem critérios e se baseam neles para eleger um amado: atração física e sexual,beleza estética, idade, estado civil, inteligência, etc. de certa forma os critérios não são insignificantes na escolha, eles ajudam a definir o foco conforme nossos desejos, mas estar somente embasados neles faz com que a escolha seja um estatística cientifica e não um desejo interior.


Afinal, quem não quer ser amado? Todos queremos. Mas para isso devemos pagar o preço da espera, da expectativa, das frustrações e também do esforço para manter uma relação viva regada com sentimentos verdadeiros e positivos. Mas, atenção, para quem se sente inferior, ser amado já basta (amar passa a ser artigo de luxo), não importando o que sente pelo parceiro. Como diz aquela musica do cazuza “Migalhas dormidas do teu pão, raspas e restos me interessam. Pequenas porções de ilusão mentiras sinceras me interessam”, não é a toa que o nome da musica é maior abandonado.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Sonhos, planos e metas para 2011


Entrevista: Rômulo Seitenfus Para: Jornal Estilo

A Psicóloga Kelli Guidini fala de planos, sonhos e metas para 2011. É importante esboçar estratégias para realizar os sonhos? Até que ponto é saudável pensar grande? Ideias de positivismo são realmente importante? Como lidar com as frustrações do ano que findou? Para refletir nesta virada de ano, conversamos com a terapeuta. E ela garante. Ter um planejamento estratégico é fundamental!


É importante fazer planos e metas na virada do ano?

Sim, é muito importante, mas tudo dentro das nossas limitações humanas. Devemos respeitar nossos limites não nos impondo sonhos grandes demais para nossa força emocional e física. Ao mesmo tempo que, é importante fazer uma listinha de tudo, realmente tudo, o que e quem você deseja, e/ ou não deseja para 2011. Mas vale tudo! Sentimentos, pessoas, emoções, coisas materiais, pensamentos! E é a partir dessa listinha que você fará uma pré-seleção, priorizando o que na fase da sua vida é mais essencial. Não invente querer tudo ao mesmo tempo e não tenha a pretensão de querer realizar tudo em 2011. Geralmente, nessa listinha há desejos que você só irá realizar daqui um bom tempo, pois há a necessidade, não só dos anos passarem, mas de você também se tornar mais maduro a ponto de conhecer suas potencialidades e limitações.

Até que ponto é saudável sonhar?
Você consegue fechar os olhos e se projetar no futuro? Consegue se imaginar fazendo ou sendo o que deseja em 2011? Como você se imagina física, psíquica e espiritualmente no próximo ano? Se você conseguiu fazer esse exercício de imaginação você também tem grande possibilidade de realizar esses desejos. Sonhar é o principio de tudo. Sonho é o nome que damos ao nosso desejo, a nossa vontade e inclusive às nossas necessidades. Sonhar é preciso! Percebo hoje muitas pessoas com dificuldades de sair do solo firme e ousar dar asas à imaginação. O fato de se permitir sonhar ou pensar em se curar de uma doença, já muda toda a realidade (interna e externa) dessa pessoa. Pesquisas científicas comprovam o poder da crença, da fé e do sonho. Sonhar é sim saudável, mas viver só de sonhos não. De nada valem os sonhos se não corrermos atrás e realizá-los. Costumo sempre utilizar um ditado muito sábio do qual desconheço o autor que é o seguinte: “Saber e não fazer é ainda não saber”. Isso quer dizer que de nada adianta ter ideias ou vários sonhos se você não fizer nada com eles. Qualquer sonho é possível, desde que você acredite nele, tenha força (emocional, física e espiritual), perseverança, fé em si mesmo e em DEUS e, boas doses de esforço.

Planejar o futuro e esboçar estratégias para conquistar os planos faz parte do sucesso?
Sim. Ter um planejamento estratégico pessoal, ou seja, esboçar objetivos, metas e estratégicas é muito importante para organizar nossos desejos e também priorizá-los. Mas é sempre importante ter muito cuidado e estar sempre atento ao meio termo, pois planejamento levado a sério demais vira neurose. E qualquer meta não alcançada se transforma em um drama, uma grande frustração e perda de energia para seguir em frente. O papel do planejamento deve ser de norteador e não de definidor da vida, até por que estamos a mercê de forças bem maiores, contratempos, imprevistos e mudanças de planos. O verdadeiro sucesso reside em não desistir dos sonhos, nesse contexto o ditado “Querer é poder” tem grande valor, pois quando realmente queremos algo, vamos a luta, caímos, levantamos, esmorecemos, mas continuamos firmes em nossos propósitos. Lembre-se: não vivemos num conto de fadas, aqui, se quer realizar um desejo não tem que esfregar a lâmpada. Tem que suar a camiseta!

Como lidar com as frustrações do ano que passou?
As frustrações são e sempre serão necessárias para fazermos uma análise se nossas metas e sonhos são realmente atingíveis. Ou seja, devemos nos fazer a seguinte pergunta: se dedicarmos todas as forças e colocarmos em prática todos os nossos conhecimentos e habilidades, alcançaremos essa meta? É a partir da resposta dessa pergunta que nos deparamos com nossas limitações (essencialmente humanas). As frustrações podem sinalizar que não nos dedicamos tanto quanto precisávamos ao nosso sonho, que nosso sonho tem tamanho desproporcional a nossa capacidade ou realmente que não era o tempo exato para alcançá-lo. Então quando a frustração ocorre é o momento exato de se questionar: dei tudo de mim? A pressa ou o excesso de acomodação me prejudicou? Preciso dividir meu desejo em vários menores para poder realizá-lo? As respostas dessas reflexões geram sempre um rico aprendizado, pois entramos em contato com nós mesmos.

É importante comemorar as conquistas do ano que findou?

Sem dúvida alguma, as conquistas devem ser sempre comemoradas, independente do tamanho que você dá a elas. Se você passou de ano na escola, se comprou um carro, se conquistou seu grande amor, se teve seu primeiro filho, se venceu uma doença dita incurável, se conseguiu sair de casa depois de uma longa crise de pânico, se tomou banho de chuva, se ouviu um elogio inusitado, tudo isso é conquista e deve ser sim valorizada e comemorada, mas não fique esperando que os outros dêem o devido valor ou o reconheçam por tudo isso, porque o valor das suas conquistas é você quem dá. É incrível como a maioria das pessoas encontram dificuldades em identificar suas conquistas ou reduzem elas a nada. O negativismo as impedem de vibrar, sorrir e reconhecer o que e quem conquistamos todo dia!! Portanto não permita que a sombra do negativismo (expresso todos os dias nos telejornais) o impeça de sentir e sonhar! Nunca deixe de vibrar por seus desejos realizados, pois a energia dessa vibração ajudará na realização dos próximos! Desejo a você que, em 2011 sonhe, acredite e realize, mas que também consiga extrair grandes aprendizados das frustrações!