quarta-feira, 11 de julho de 2012

TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE


ALBERT EINSTEIN- Começou a falar tarde, tinha raciocínio lento, baixo rendimento escolar, detestava ter que decorar matérias, sendo alfabetizado somente aos 9 anos. Era intuitivo e visionário. Mais tarde, utilizando-se do hiperfoco (característica do hiperativo de se desligar do restante e se focar somente em uma coisa) criou a teoria da relatividade. Relacionando estes sintomas pode-se pressupor que essa grande personalidade tinha TDAH. Veja a seguir informações que podem esclarecer suas dúvidas e auxiliar no diagnóstico. 

Na escola...
Dificuldade de adaptação
Dificuldade de finalizar uma tarefa
Não acompanha o ritmo da turma
Vive no ‘mundo da lua’.
Conversa e mexe-se o tempo todo
Não consegue permanecer sentado durante a aula
Atrapalha colegas e professores
Baixo rendimento

Em casa...
Não respeita a rotina estabelecida
Não dorme tranquilamente
No social, não sabe se comportar

Se você conseguiu encaixar seu filho (ou você mesmo) na maioria desses sintomas, há a probabilidade dele estar desenvolvendo o Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH).

Esse transtorno se estrutura em três sintomas-base:
  1. Déficit de Atenção:caracterizada pela dificuldade de se concentrar e manter a atenção por longos períodos de tempo
  2. Hiperatividade: que mantém a pessoa agitada
  3. Impulsividade:  que leva a pessoa a tomar atitudes sem pensar previamente, sem fazer um análise das vantagens ou desvantagens do seus atos ou fala.

Esse transtorno tem início precoce, geralmente os sintomas se apresentam antes dos sete anos, e são notáveis na maioria dos ambientes como lar, escola e comunidade. 50% ou mais das crianças com TDAH continuarão a apresentar sintomatologia significativa na adolescência e idade adulta. A criança com esse transtorno tem um risco acima da média de apresentarem problemas educacionais, comportamentais e sócio-emocionais.
DIAGNÓSTICO
Geralmente o diagnóstico do TDAH acontece primeiramente em casa, com pais e familiares ou na escola, com educadores, onde percebem a diferença de comportamento quando comparado com seus pares. É importante salientar que muitos pais interpretam o comportamento da criança como desobediente ou desinteressado, mas na realidade ele está demonstrando os sintomas do transtorno. Mas para que se efetive e tenha base cientificas é necessário que a criança passe por uma avaliação neurológica e psicológica.
É muito fácil confundir os sintomas do transtorno a uma fase da infância, pré adolescência, ou uma necessidade de chamar atenção, essas questões dificultam o diagnóstico e o encaminhamento para o tratamento, fazendo os pais e a criança sofrerem mais ainda.
CAUSAS
Pode-se dizer que a causa do TDAH é multifatorial. Pesquisas apontam que uma das possíveis causas é a falta de substâncias químicas no cérebro chamadas neurotransmissores (principalmente dopamina e noradrenalina), que passam informações entre os neurônios, responsáveis pelo controle motor e pelo poder de concentração.
Se cogita também a influencia genética, por isso se torna importante pesquisar na família se há mais alguém com esses sintomas e relacionados a ansiedade.
Os fatores ambientais e psicológicos também podem ser implicativos da doença, ou seja, rotina familiar desorganizada e indisciplinada pode contribuir para potencializar sintomas.
CONSEQUÊNCIAS
A hiperatividade pode trazer problemas de relacionamento com seus pares que o excluem das atividades e contribuem para baixa auto-estima. Alguns pesquisadores atribuem ao transtorno como sendo uma doença do cérebro imaturo. Com o passar dos anos, com o tratamento correto e autocontrole é possível que tanto cérebro quanto o psíquico amadureça.
TRATAMENTO
Se você identificou os sintomas mencionados nesse artigo em seu filho, pessoa próxima ou em você mesmo (mesmo sendo já adulto), busque profissionais capacitados para que o diagnóstico corretos seja feito. As especialidades que irão poder lhe ajudar são:
q     Neuropediatra ou neurologista
q     Psicóloga
q     Psiquiatra
q     Psicopedagoga (caso haja prejuízos na aprendizagem)

Na maioria dos casos, a combinação dessas áreas em um tratamento interdisciplinar dá efeitos positivos na melhora da concentração e controle da hiperatividade. Mas, não existe uma fórmula mágica para todos os casos. Cada caso é um caso e a melhora dependerá também da força de vontade do paciente. Com freqüência é receitado medicamentos para a melhora da concentração (a famosa Ritalina é uma das mais usadas), é de suma importância que somente tome com indicação do psiquiatra ou neurologista.