quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

FILTRAR...


Filtro...
Você já  parou pra pensar na função do filtro?
Filtrar a água...
Passar o café pelo filtro...
Os rins filtram o sangue...
Pra que serve o filtro?
Por que filtramos a água? Para tirar as impurezas?  O mesmo faz os rins com o sangue.
E o filtro solar?  Seleciona o tipo de raio que nossa pele absorve.
E o que fica no filtro?
As ‘sujeirinhas’ da água...
A borra do café...
O que não é mais necessário...
O filtro seleciona...Separa...
"Separa o joio do trigo."

Deixar passar só o que é importante, retirar as impurezas e ficar só com o que se precisa. Será que estamos sabendo usar nosso filtro?  Ou melhor, será que todos temos?  Acredito que ele não seja um item de fábrica. Nós acoplamos o filtro a nós a medida que nos inserimos no social.  Pois o que seria do mundo se fossemos somente ‘instinto’, falo e faço tudo o que vem a mente. Habitamos um social onde nem toda a verdade deve ser dita, até por que elas mudam a todo instante.


Nem tudo o que se pensa precisa ser dito- filtro entre o cérebro e a boca.
Nem tudo que se sente precisa ser falado- filtro entre o coração e a boca. 

Não estou fazendo apologia ao ‘engolir sapos’, de forma alguma. Só considero que ‘cuspir cobras e lagartos’ também não seja a forma ideal de expressão. Em nossa sociedade “pá-pum” “tomou-levou”, “toma lá dá cá”, as reações instintivas estão cada vez mais imediatas. Ações e reações não estão sendo pensadas. A impulsividade toma conta. E aí que encontramos um problema no filtro.  

A liberdade de expressão e o direito de resposta estão aí, uma grande conquista social moderna.  Mas será que estamos respeitando os limites dessa liberdade?  Será que não está na hora de renovar nosso filtro e rever nossos valores como: respeito ao outro e a diferença, prudência, empatia (colocar-se no lugar do outro)?

E como lidar com tanta mágoa? A palavra mal colocada, dita impulsivamente, com pressa, sem pensar pode causar danos irreparáveis a qualquer ser humano.

Eis o grande desafio da vida: aprender a filtrar. 

Saber a hora de falar e a hora de calar. E quando falar, falar da melhor forma. Identificar o que pode causar mal a nós e aos outros. Ter sensibilidade e consciência para dizer o que deve e pode ser dito.

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