Filtro...
Você já parou
pra pensar na função do filtro?
Filtrar a água...
Passar o café pelo filtro...
Os rins filtram o sangue...
Pra que serve o filtro?
Por que filtramos a água? Para tirar as impurezas? O mesmo faz os rins com o sangue.
E o filtro solar? Seleciona o tipo de raio que nossa pele
absorve.
E o que fica no filtro?
As ‘sujeirinhas’ da água...
A borra do café...
O que não é mais necessário...
O filtro seleciona...Separa...
"Separa o joio do trigo."
Deixar passar só o que é importante, retirar as impurezas
e ficar só com o que se precisa. Será que estamos sabendo usar nosso
filtro? Ou melhor, será que todos
temos? Acredito que ele não seja um item
de fábrica. Nós acoplamos o filtro a nós a medida que nos inserimos no
social. Pois o que seria do mundo se
fossemos somente ‘instinto’, falo e faço tudo o que vem a mente. Habitamos um
social onde nem toda a verdade deve ser dita, até por que elas mudam a todo
instante.
Nem tudo o que se pensa precisa ser dito- filtro
entre o cérebro e a boca.
Nem tudo que se sente precisa ser falado- filtro
entre o coração e a boca.
Não estou fazendo apologia ao ‘engolir sapos’, de
forma alguma. Só considero que ‘cuspir cobras e lagartos’ também não seja a
forma ideal de expressão. Em nossa sociedade “pá-pum” “tomou-levou”, “toma lá
dá cá”, as reações instintivas estão cada vez mais imediatas. Ações e reações não
estão sendo pensadas. A impulsividade toma conta. E aí que encontramos um
problema no filtro.
A liberdade de expressão e o direito de resposta
estão aí, uma grande conquista social moderna.
Mas será que estamos respeitando os limites dessa liberdade? Será que não está na hora de renovar nosso
filtro e rever nossos valores como: respeito ao outro e a diferença, prudência,
empatia (colocar-se no lugar do outro)?
E como lidar com tanta mágoa? A palavra mal colocada,
dita impulsivamente, com pressa, sem pensar pode causar danos irreparáveis a
qualquer ser humano.
Eis o grande desafio da vida: aprender a filtrar.
Saber a hora de falar e a hora de calar. E quando falar, falar da melhor forma.
Identificar o que pode causar mal a nós e aos outros. Ter sensibilidade e
consciência para dizer o que deve e pode ser dito.
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