segunda-feira, 5 de março de 2012

LIMITES: Você já construiu sua CERCA?




Quando limitamos com uma cerca (de arame farpado ou não) ou muro uma porção de terra ou nossa casa estamos dizendo simbolicamente que aquilo que a cerca contém é de nossa responsabilidade, certo? Certíssimo! Os limites demarcam nossa propriedade e, com isso, a responsabilidade que temos com ela. Mas como reconhecer o que não é propriedade nossa?
Quem já não passou por alguma situação cotidiana da vida onde a gente se pergunta: até onde vai a minha responsabilidade nesse caso? Será que eu não estou fazendo/falando o que o outro deveria estar fazendo?Será que não estou extrapolando os limites da minha responsabilidade?
Nossas relações nos confundem a respeito dos nossos limites e dos outros. A tarefa de fazer a diferenciação do que é ‘meu’ e o que é do ‘outro’ é bastante árdua e para que ela se torne real é necessário que se faça uso do NÃO.
Por mais difícil que seja definirmos nossos limites é de suma importância para nossa saúde emocional. Os limites nos definem: o que eu sou, o que eu não sou e o que são e não são os outros. Não somos responsáveis pelo outros (eles não estão dentro do nosso cercado). Cada um tem seu fardo e se levarmos o do outro acabamos fazendo um trabalho extra que não nos compete e ‘salvando’ o outro das conseqüências naturais do seu fardo. Aqueles que não construíram seus limites (cercas) lutam para dizer não ao controle, exigências e até as necessidades dos outros. Ah! Como é difícil dizer não quando alguém nos pede para fazer algo, mesmo tendo consciência que não temos responsabilidade nenhuma naquilo que nos é pedido! Mas por que aceitamos? Para sermos aceitos, para não nos sentirmos abandonados ou para não magoar quem nos ama. O que é necessário esclarecer é que o NÃO e os limites estão diretamente associados ao AMOR. Pais dizem não aos filhos por que desejam que eles cresçam, esposa diz não ao esposo pois deseja ser respeitada, etc. Falar 'NÃO' é construir sua cerca, ouvir 'NÃO' é respeitar a cerca do outro.

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