Transtorno
que acomete 3% da população brasileira (em sua maioria, mulheres) e se
caracteriza pela compra compulsiva feita meramente pelo prazer e/ou alivio que
ato proporciona.
Nesse
sentido, considera-se consumidor/comprador compulsivo quem for incapaz de
controlar o DESEJO de comprar e quando os gastos, frequentes e excessivos,
interferem de modo importante na vida financeira, profissional e pessoal.
O
transtorno do comprar compulsivo (TCC) foi descrito pela primeira vez como uma
síndrome psiquiátrica no começo século XX. Apesar de sua classificação
permanecer incerta nas classificações patológicas (CID- Classificação
Internacional de doenças e DSM- Dicionário de Saúde Mental), se sugere uma
correlação potencial do TCC com transtornos do humor, transtorno
obsessivo-compulsivo e transtornos do impulso. Já, outros estudiosos também
enquadram est
Não
se pode deixar de levar em consideração que viver em uma sociedade essencialmente
consumista só vem a incentivar e potenciar o sintoma de quem já o tem. A cultura do status, do TER e do APARECER pode
auxiliar ainda mais na manifestação e manutenção desta patologia, ou seja, de não
conseguir resistir à tentação de comprar.
O
sofrimento psíquico é a causa e a consequência deste transtorno, pois é o
mecanismo motivador para que um ciclo vicioso se suceda. O ciclo é o seguinte:
SOFRIMENTO---COMPRAS---
BUSCA PELO ALÍVIO MOMENTANEO---CULPA /VERGONHA/ REMORÇO---- SOFRIMENTO (volta
ao inicio do ciclo)
Por
isso, se a causa-raiz não for trabalhada em terapia o sintoma pode reincidir ou
migrar se utilizando de outro objeto (comida, jogos, bebida, sexo, drogas...)
Qual
é o sofrimento que tento minimizar com o prazer que as compras me proporcional?
Identificar a resposta para essa questão é crucial para o sucesso do tratamento.
O tratamento eficaz, segundo a literatura cientifica, está baseado na união de
psicoterapia e psiquiatria, onde a primeira tratará as raízes da doença que
leva ao sintoma e a segunda administrará os medicamentos necessários para
auxiliar no controle do comportamento impulsivo.
Mas,
para que todo tratamento tenha sucesso é de suma importância que o sujeito
considere que está doente e está sofrendo. O que é muito difícil no caso deste
transtorno, muitas vezes por que o doente considera suas compras ‘normais’ ou
por ter vergonha de admitir sua falta de controle ou sua problemática vida
financeira.
Para maiores
informações visite o site do AMITI- Ambulatório Integrado dos Transtornos de
Impulso
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